Esmiudamos o Gabinete das curiosidades, para os lados da Atalaia, ao Bairro Alto, onde o artista recriou um proto-museu romântico.
É um lugar simples de estar, um estabelecimento que será de comeres onde entretanto um "ocupa" faz pintura no ritmo lento do bairro, meio-adormecido nos dias praticamente em suspenso, na expectativa, sempre a mesma, de noites movimentadas.
Aparecem fugazmente alguns amigos e desconhecidos, ficam a usufruir e desenrolar palavras que tricotam conversas, algumas interessantes, se não forem só monólogos, e silêncios, que os há no intervalo da música companheira inseparável sempre a fazer-se ouvir.
Passa também por lá uma fotógrafa, enfunada de sensibilidade e bom-gosto, e capta momentos.
São esses momentos que apresentamos nesta galeria improvisada.
Espera-se que as fotografias-quadros estejam bem penduradas - inclinadas não estão - com a ordem que não é nenhuma, é a de serem todas boas.
O Pintor é o Paulo Robalo, a fotógrafa a Cláudia Teixeira:
uma espécie de declaração de princípios
Ele, a fingir-se num escritório sério
uma colecção de inutilidades úteis
A sala de receber
O processo criativo é um arremedo de loucura
Pintar, é intervir
camadas, sobre camadas, contextos e textos em mil-folhas, vistos à lupa
Pormenor
Uma cabeça decapitada, ou talvez desanuviada
Ambientes
amanhã continuamos....
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