O rigor matemático que se exige num beijo para se atingir os
mesmos níveis de emoção de um míssil que alcança a estratosfera enquanto o
diabo esfrega um olho, obriga a capacidades diferenciadas: ser bom aluno das
matemáticas dos beijos bem dados e aguentar sem falência cardíaca fulminante o
impacto do amor, comparado com a projecção a uma velocidade vertiginosa de um
projéctil na direcção desembestada do fim do mundo, nome que alguns damos ao
infinito do espaço sideral.
Reunidas as condições, um bom beijo é quase a melhor coisa do
mundo.
Um beijo para ti, outro.
Dá-me um tu.
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