Quando uma sociedade não reage - não os cidadãos em geral, que esses só se queixam, ou dizem mal, ou tentam arranjar estratagemas criativos de imitação dos grandes corruptos, os verdadeiros modelos do mundo moderno –, nas suas estruturas inflexíveis, simplificando e deitando um simples olhar humano para os outros, em vez de seguir os guiões dos protocolos, das convenções, das ordens de serviço, da linha burocrática do requerimento, dos carimbos, dos tempos intermináveis que a burocracia inventou para fazer esmorecer as pessoas;quando chegamos a esse ponto em que a miséria, a fome, os maus-tratos, a morte, são laçarotes descoloridos que enfeitam as notícias das televisões,sempre as mesmas histórias, todos os dias iguais, só com nomes de actores diferentes; quando chegamos aqui, assim, não parece que tenha havido uma evolução na espécie. Claro que existem estradas magníficas que intersectam toda a geografia; um número incontável de carros confortáveis e rápidos que levam as pess