Alfredo Manuel espera que o mundo não acabe hoje porque tem um sonho, dos que estão em falta, e quer realizá-lo. Em todo o caso, a acabar, nunca acabaria para todos ao mesmo tempo, e até pode calhar ser dos últimos: a acabar com o mundo. Ele pertence aquele grupo talvez reduzido de pessoas, que dá vida aos sonhos: é um pragmático. Esse seu sonho não é ideológico, não é excêntrico, nem se aproxima vagamente de uma utopia. Não é um egoísmo ou uma derivação narcisista. É uma ideia simples, tão simples que se pode perguntar porque motivo ainda não o concretizou. Pode ser que não seja assim tão simples e ele seja uma pessoa com boas intenções o que por vezes não basta. Alfredo Manuel quer fabricar a uma escala de linha de montagem com produção diária de centos de milhões, o comprimido da felicidade: o maior dos mais inantigíveis bens em estado de fruição permanente. Estão identificadas as hormonas do prazer e do bem-estar, sabem-se os assuntos que arreliam os homens, desc